A síndrome dos 100 dias
Editorial do Portal SergipeNet.
Em anos posterior a pleitos municipais prefeitas e prefeitos costumam festejar seus primeiros 100 dia de gestão alardeando suas realizações e tentando convencer aos munícipes que fizeram a melhor escolha no ano anterior. Suas excelências vendem seu produto e a imprensa, nós que adoramos ver o homem morder o cachorro, aproveita para fazer variadas avaliações.
Este ano a cantilena é menos pomposa. Bem menos. O império das lamentações serve como pano de fundo para esconderem aquilo que não fizeram (ainda) e prometeram em praça pública, em lágrimas e gritos com dedo em riste como se mandassem recado aos adversários.
Eleito (a)s e reeleito(a)s, usam a máxima de que o que é muito dito, vira verdade. Culpam a crise econômica, reclamam de queda de repasses, abusam de clichês e chavões para ocultarem suas tímidas ações. Mais do mesmo.
Pergunte ao eleitor menos apaixonado o que mudou? Postos de Saúde equipados de medicamentos e exames de médias complexidades? Gestão democrática nas escolas municipais? Ações articuladas para frear o assoreamento de riachos e córregos e o desmatamento? Políticas públicas emancipatórias para mulheres, jovens? Há muitas excelências que usam a Prefeitura para empregar a família. Com mais de 15 milhões de desempreagados no Brasil, é sempre bom arrumar algo para o irmão, primo, filho, cunhado, cachorro, papagaio etc. E aí de quem questionar: a resposta será sempre que só se governa com quem se confia. Pobre mentalidade tupiniquim.
A simboligia dos 100 dias de gestão deveria ser comemorado com fatos concretos e não silenciando como se a cadeira estivesse vazia, ou com peças publicitárias semi-amadoras para "informar" as conquistas.
Se algum(a) prefeito(a) ler este rabisco e não tomar como crítica pessoal, não deve está entre aqueles descrito aqui. Mas se receber com o fígado e achar que seu exemplo foi usado para construir este editorial melhor repensar e trabalhar mais. Muito mais. Sucesso aos prefeitos sergipanos nos próximos 100 dias.
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